Ainda em processo de titulação de
parte das suas terras, em sobreposição na Reserva Biológica do Trombetas (Rebio)
e da Floresta Nacional Saracá-Taquera, o territorial quilombola Mãe Domingas - Área
Alto Trombetas I, no município de Oriximiná, região da Calha Norte do Pará, realizou
nos dias 12 e 13 de outubro uma assembleia para validação do Plano de Vida e
início da implementação do Fundo Quilombola. A assembleia faz parte das ações
do Programa Territórios Sustentáveis, dentro do eixo Quilombola desenvolvido
pela Equipe de Conservação da Amazônia – Ecam com a parceria da Associação das
Comunidades Remanescentes de Quilombos do Município de Oriximiná (Arqmo) e
associações dos territórios.
Durante a assembleia foram
realizadas a validação do Plano de Vida, documento construído colaborativamente
pelos povos de Mãe Domingas - Área Alto Trombetas I, representados pelos
moradores das comunidades Mãe Cué, Sagrado Coração de Jesus, Tapagem, Paraná do
Abuí, Santo Antônio do Abuizinho e Abuí, que abordou os temas Cultura,
Educação, Fortalecimento Institucional, Habitação, Geração de Renda, Meio
Ambiente e Saúde que terão duração de cinco anos e revisão a cada dois anos, e
também o início do processo de implementação do Fundo Quilombola. “Eu penso no
território e em fortalecer a associação para que no futuro tenhamos uma melhor
qualidade de vida para gente e para as futuras gerações e, para que estejamos
preparados e empoderados para defender o nosso território”, ressaltou Adriene
Silveira dos Santos, coordenadora da Associação Mãe Domingas, Área Alto
Trombetas I.
De acordo com o conselheiro da
Arqmo, Rogério Pereira, a validação do Plano de Vida é uma etapa importante
para consolidação do plano de gestão dos territórios quilombolas de Oriximiná.
“A gente vem acompanhando o processo de validação do Plano de Vida nos
territórios Cachoeira Porteira, Ariramba, Água Fria e Boa Vista Trombetas,
agora em Alto Trombetas I para garantir a participação dos comunitários nas
demandas que tratam cada tema. Ainda falta a gente validar Área Trombetas, lá são
sete comunidades e Erepecuru, com 12 comunidades e por fim o Plano de Vida da
Arqmo que fecha esse ciclo de validação, para então trabalharmos a próxima
etapa, que é a implementação do Fundo em todos os territórios”, enfatizou
Rogério.
A construção do Plano de Vida e
do Fundo Quilombola fazem parte das ações do Programa Territórios Sustentáveis,
uma iniciativa de gestão integrada entre Agenda Pública, Equipe de Conservação
da Amazônia (Ecam) e Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon)
com apoio financeiro da Mineração Rio do Norte (MRN) e Agencia dos Estados
Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid).
Quer saber mais sobre o Programa
Territórios Sustentáveis acesse nosso site wwww.territoriossustentaveis.org.br ou
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Por Martha Costa – Assessora de
Comunicação da Ecam.