Até o início da próxima semana, 28 de janeiro,
as escolas quilombolas de Tapagem (Alto Trombetas I), Jamari (Alto Trombetas
II), Aracuã de Baixo e Serrinha (Área Trombetas) e Boa vista Cuminã (Erepecuru)
em Oriximiná já estarão inseridas no projeto “Inclusão Digital Quilombola” do
Programa Territórios Sustentáveis. O projeto teve início em 2016, durante
assembleias realizadas junto às Associações Quilombolas de Oriximiná, a partir
da demanda, oito pontos de “Inclusão Digital” foram instalados nos territórios
de Cachoeira Porteira, Mãe Domingas, Alto Trombetas II, Boa Vista Trombetas,
Água Fria, Erepecuru, Área Trombetas e Ariramba.
Segundo Hildeberto Lages, técnico da Ecam, o
objetivo da implantação dos pontos de inclusão digital nas comunidades quilombolas
de Oriximiná foi criar um elo de conectividade para melhorar a comunicação das
associações, que na sua grande parte fica distante da sede do município. “A
gente tem relatos de comunitários que após a instalação de internet melhorou
muito a vida deles no que diz respeito ao acesso a serviços na educação e
saúde, coisas como chamar a ambulancha”, citou o Hildeberto Lages.
A instalação dos pontos de inclusão foi apenas
o primeiro passo para despertar nos coordenadores quilombolas o desejo de um
ensino mais democrático com direito ao mundo digital. “A Arqmo, juntamente com
as associações e os coordenadores escolares quilombolas nos solicitaram apoio
para expandir o projeto de “Inclusão Digital” nas escolas, então ano passado
foi decidido que os pontos seriam instalados em escolas polos para atender o
maior número de estudantes possíveis e agora já entramos nessa fase de
instalação”, enfatizou.
Claudinete Colé, coordenadora da Associação das
Comunidades Quilombolas do Município de Oriximiná (Arqmo) ressaltou a
importância da internet na vida dos povos quilombolas. “Eu vejo que para gente
foi um ganho muito grande, já que estamos em comunidades que por vezes não
possui nenhum mecanismo de comunicação e com a internet a gente consegue manter
esse canal e a internet nas escolas, os estudantes quilombolas agora poderão
ter acesso a outras formas de ensino, sem contar a comunicação com a própria
Semed”.
O projeto de Inclusão Digital Quilombola faz
parte das ações do Programa Territórios Sustentáveis no eixo Quilombola
coordenado pela Equipe de Conservação da Amazônia com apoio financeiro da
Mineração Rio do Norte (MRN) e Agencia dos Estados Unidos para o
Desenvolvimento Internacional (Usaid).
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Sustentáveis, acesso nosso site www.territoriossustentaveis.org.br ou baixe
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Por: Martha Costa – Assessora de Comunicação Ecam