Associações, grupos, conselhos e entidades representativas participam de oficina de avaliação, planejamento e fortalecimento institucional
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Aproximadamente 50 pessoas ligadas às associações, grupos, conselhos e
entidades representativas do município de Oriximiná participaram nesta semana
de uma oficina de avaliação, planejamento e fortalecimento institucional
realizada pelo Programa Territórios Sustentáveis, por meio do eixo Capital
Social. Durante a oficina foram apresentados os resultados da aplicação de
matrizes de sustentabilidade, uma ferramenta metodológica que avalia o nível de
evolução de cada associação, grupo, sindicato e conselho municipal, com base em
indicadores.
O coordenador da Unidade Integrada de Defesa Ambiental de
Oriximiná (Unida), Miguel Canto, já participa das oficinas ministradas pelo
Territórios Sustentáveis e para ele a integração com as demais associações
entre outros participantes é um ponto importante bem como o conhecimento das
metodologias apresentadas. “Muitas vezes você está dentro de uma associação e
não consegue enxergar os problemas onde eles estão e a Matriz foi fundamental
para que a gente pudesse perceber onde estamos, onde precisamos melhorar e
principalmente o que vamos fazer para melhorar nos pontos que não estamos tão
bem”, ressaltou o coordenador.
A presidente do Bairro da Cidade Nova, Ozenira Gonzaga Ferreira, que
reconheceu todo apoio dado pelo Territórios Sustentáveis para fortalecimento da
sua associação. “Em abril estou deixando a associação, na verdade agora estarei
como vice-presidente e no início foi bem difícil porque eu não tinha nenhum
tipo de conhecimento e as oficinas vieram para esclarecer as dúvidas sobre como
funciona uma associação, o que é estatuto, o que é regimento interno e
participar foi muito esclarecedor e agora nós temos tudo para melhorar a
estrutura física e jurídica”, recordou a presidente
Segundo a coordenadora do Eixo Capital Social, Renata Freire, as
oficinas fazem parte do cronograma de atividades estabelecidos para 2018 e
visam a reflexão e a melhoria da gestão dentro de cada entidade. “A Matriz da
Sustentabilidade avalia os avanços de cada uma das organizações por meio de 20
indicadores que vão desde a capacidade de gerenciar recursos até de elaborar e
cumprir planejamentos anuais e plurianuais. Nós analisamos 20 indicadores e
estabelecemos quatro patamares que são classificados por cores em uma escala
crescente de sustentabilidade. Como exemplo, posso citar o indicador "principal
fonte de renda da associações", sendo que a cor vermelha, patamar mais baixo,
sinaliza situação crítica (a associação depende de doações); a cor laranja
sinaliza situação ainda não satisfatória (a associação depende de projetos a
fundo perdido); a cor amarela demonstra uma situação regular (a associação
consegue sobreviver com o recurso das mensalidades dos associados) e, a cor
verde, patamar mais alto, sinaliza uma situação desejável (a associação tem
como principal fonte de renda a comercialização de serviços e produtos)”,
informou Renata.
A aplicação da matriz da sustentabilidade foi iniciada em janeiro, um
trabalho desenvolvidos pelas estagiárias do Programa Territórios Sustentáveis
que atuam nos escritórios locais nos municípios de Faro, Terra Santa e
Oriximiná e tem por objetivo fornecer uma visão global da situação de cada uma
das organizações. Além de Oriximiná as oficinas de avaliação, planejamento e
fortalecimento institucional foram realizadas em Terra Santa e Faro
O Programa Territórios Sustentáveis é uma iniciativa que visa
contribuir para a construção de uma estratégia de desenvolvimento territorial
sustentável nos municípios de Faro, Terra Santa, Oriximiná nos eixos Gestão
Pública, Gestão Ambiental, Desenvolvimento Econômico, Capital Social e
Quilombola. O programa terá duração de quinze anos e é fruto da gestão integrada
na Amazônia de três organizações sociais, Agenda Pública, Ecam e Imazon, com
apoio financeiro da Mineração Rio do Norte.
Conheça mais do
Programa acessando nosso site www.territoriossustentaveis.org.br ou baixe nosso
App no Google play.
Por: Martha Costa